Monday, August 22, 2005

Um texto sobre...coisa alguma?!

Eu não sei porque eu escrevo. Aliás, sei, inclusive já falei sobre isso: pathos.
Toda vez que outros fatores que envolvem essa coisa mística chamada “pathos” acontecem, eu penso logo em escrever...e venho pra cá...e aqui sai tudo. Não consigo escrever só pra mim, bem que eu queria, mas...eu gosto de dividir as coisas. Às vezes, inclusive, podia dividir menos, mas isso é assunto pra outro texto.
Eu também queria que os textos fossem menos claros e mais metafóricos, e deixassem meus sete leitores em dúvida sobre o que eu de fato estou falando. Mas também não consegui vencer o estilo sério, aquele que não consegue esconder nada, que por mais que tente disfarçar, sai falando tudo, para quem a mentira é algo que não deve realmente ser dito.
De fato, já estou até ficando cansado desse estilo. Eu devia ser claro e direto, devia deixar 100% de pathos, porque no fim, a beleza plástica parece apenas esconder o que o texto realmente significa.
Mas será que os oito leitores, o esquilo e o pitbull (eles dois também lêem, de vez em quando) iam ler e apreciar do mesmo jeito? Será que os textos iam mexer com a sensação deles do mesmo jeito?
Talvez sim, talvez não.
Mas, pensando bem, eu não devia mudar o estilo, esse jeito plástico de escrever...afinal, é a melhor coisa que eu sei fazer na vida – ah, sim, fora ser um cara dramático. Só que isso, no máximo, me garantiria uma vaga de contra-regra ou iluminador do teatro...para um dia chegar, quem sabe, alguém, e dizer que eu devia ser dramático na ilusão, e não na vida real. Ou que eu sou dramático, mas pouco na ilusão e muito na vida real...que enquanto não fizer o contrário, não dou para um bom teatrólogo (ui, isso realmente não).
Enquanto isso, escrever textos plásticos pode sofrer uma adaptação e gerar um bom pseudo-jornalista, e claro, sem contar que pode continuar divertindo vocês aqui no blog, fazendo várias sensações e idéias serem propagadas através dessa rede que é a internet...de textos sobre política à textos sobre meninas, pássaros, a vida, a espera, o cotidiano, ou sobre coisa alguma.
É por isso que, embora os textos não sejam tão metafóricos quanto deveriam, ou mais dramáticos do que deviam, ou menos plásticos do que são (beleza enche o saco de vez em quando, né?), eu pretendo continuar, firme e forte, vivendo cada fase e cada texto como se fosse o primeiro.

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