Saturday, August 27, 2005

A primeira a gente nunca esquece

Calma, gente...é só a primeira matéria que eu escrevi XD
Na verdade é a segunda. A primeira eu não salvei, não sei porque.
Essa é do tempo que eu era colaborador da Re-vista!, e achava que sabia escrever.


Em novembro de 1904 estoura, no Rio de Janeiro, mais uma revolução de caráter popular. A Revolta da Vacina está completando 100 anos e traz na sua história o nome de uma importante personalidade brasileira – Oswaldo Cruz.

A Revolta da Vacina foi um movimento ocorrido no início do século XX, como forma de reação à política sanitarista do então Diretor-Geral de Saúde Pública (cargo equivalente ao de Ministro da Saúde), o médico Oswaldo Cruz. O levante entrou para a história por ter sido um dos únicos, senão o único movimento popular contra as arbitrariedades do governo, e por ter tido apoio de diversos outros setores da sociedade.
“É preciso enxergar a Revolta da Vacina sob o contexto da Revolução Médico-Sanitária mundial” diz o Dr. José Augusto Messias, médico do Hospital Universitário Pedro Ernesto. “Todas as evoluções da medicina ao longo do século XVIII e XIX culminaram na revolução sanitária do século XX, e como bem se sabe, todas as mudanças passam por um processo de rejeição antes de serem incorporadas pela sociedade”.
O ano era 1903. O Rio de Janeiro era conhecido como “cidade maldita”, infestada por malária, varíola e febre amarela. Os cortiços ocupavam o centro da cidade, abrigando pessoas sob péssimas condições de vida e favorecendo o desenvolvimento de transmissores de doenças. Preocupado, o Prefeito Pereira Passos resolveu acabar com o estigma da cidade, organizando uma série de reformas urbanas. Dentro dessa política, Oswaldo Cruz foi chamado para assumir a Diretoria Geral de Saúde Pública, com o objetivo de melhorar as condições sanitárias do Rio de Janeiro.
Cruz tomou diversas medidas para melhorar a saúde pública: combateu os mosquitos que transmitiam malária e febre amarela, exterminou os ratos cujas pulgas causavam a peste bubônica, limpou as ruas e demoliu imóveis que serviam como criadouro de larvas de vetores. As medidas causaram riso – ninguém acreditava que iriam melhorar a saúde pública – e irritação, principalmente por parte da população pobre e dos donos de cortiços.
Em 1904, uma epidemia de varíola se abateu sobre a cidade, levando em torno de 1800 pessoas aos hospitais em apenas cinco meses. O Governo então enviou ao congresso um projeto que tornava obrigatória a vacinação antivariólica. O atestado de vacina era exigido para tudo: matrícula em escolas, emprego, viagem, casamento etc, e sofreu duras críticas da imprensa carioca. “A imprensa foi contrária a lei,chegando a afirmar que a vacina, ao invés de combater, provocava a doença. Ela não teve um entendimento da validade científica dessa medida, do alcance dessa medida. Eles (a imprensa) foram reacionários” diz Leovegildo Alfradique de Andrade, formado em história pela Universidade Federal de Campo Grande (Feuc).
A irritação com o Diretor-Geral atingiu seu ápice por volta de 10 de Novembro, quando a notícia da obrigatoriedade da vacina chegou aos jornais. Parlamentares, associações de trabalhadores, positivistas, oficiais do Exército, monarquistas e líderes operários criaram uma liga anti-vacina, que foi a responsável por organizar passeatas e comícios na cidade. Os protestos puseram a polícia e a população em choque.
Três dias depois, a Revolta começa de fato, com os manifestantes se levantando contra o governo, enfrentando a polícia a tiros e formando barricadas pela cidade. No dia 14 estouram pelo Rio diversos saques, incêndios e depredações. A revolta é acalmada nos dias seguintes, seguindo com alguns incidentes isolados até o dia 19. Seu saldo: 945 prisões, 461 deportados, 110 feridos e 30 mortos. A Revolta é “pacificada”, porém o governo não foi o vencedor, já que a vacinação obrigatória foi suspensa. O povo conseguira, porém, outro surto de varíola em 1908, o qual provou que Oswaldo Cruz estava certo.
Prestes a completar 100 anos no dia 10 de Novembro de 2004, a Revolta da Vacina figura na história do Brasil como um dos únicos movimentos de revolta popular bem sucedido. Manifestantes enfrentaram o governo, lutaram pelo que queriam e acabaram conseguindo. Pagaram pelas conseqüências, mas conseguiram. Prova de que, quando o brasileiro vai à luta, consegue tudo o que deseja, sem ter que esperar as coisas acontecerem.
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Leram? Ótimo. Agora vejam a matéria do post anterior, como ficaria hoje...er...mais ou menos, tá? Mesmo porque, fiz essa com pressa e sem compromisso. Um dia vou ler a reescrita e também vou achar uma merda. Mesmo porque, já vi que o fechamento ficou péssimo. Normal isso.


Em novembro de 1904 estoura, no Rio de Janeiro, mais uma revolução de caráter popular. A Revolta da Vacina está completando 101 anos e traz na sua história o nome de uma importante personalidade brasileira – Oswaldo Cruz.

Rio de Janeiro, Novembro de 1904. Com apoio do exército e dos jornais, Parlamentares, associações de trabalhadores, positivistas, oficiais do Exército, monarquistas e líderes operários criam uma liga anti-vacina, a fim de protestar contra a vacinação obrigatória instituída pelo então secretário de saúde do Rio de Janeiro, Oswaldo Cruz. Começava assim a Revolta da Vacina, o movimento popular que marcaria para sempre a história do Rio de Janeiro.
Oswaldo Cruz havia instituído a vacinação obrigatória após o surto de varíola ocorrido na cidade – surto esse que levou mais de 1800 pessoas aos hospitais em apenas cinco dias. No entanto, vários setores da sociedade não acreditaram na eficácia da vacina, e isso terminou por causar a revolta, que consistiu em várias passeatas onde a população e a polícia entraram em choque.

Vitória dos manifestantes

O saldo dos conflitos foi violento - 945 prisões, 461 deportados, 110 feridos e 30 mortos. Ainda assim, os manifestantes foram vitoriosos, conseguindo a suspensão da vacinação obrigatória. No entanto, um outro surto de varíola, em 1908, viria provar que Oswaldo Cruz estava certo.
A revolta se situa dentro do contexto da Revolução Médico Sanitária do início do século XX. “Todas as evoluções da medicina ao longo do século XVIII e XIX culminaram na revolução sanitária do século XX, e como bem se sabe, todas as mudanças passam por um processo de rejeição antes de serem incorporadas pela sociedade”, afirma o Dr. José Augusto Messias, médico do Hospital Universitário Pedro Ernesto.

101 anos depois

Sendo o único movimento de massas na história do Brasil, a revolta da vacina entrou para a história, não só pelo ato em si, mas por ter sido um movimento vitorioso, conseguindo cumprir seu objetivo inicial.

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