Definido “garotinho” como “menino pequeno”, vamos reduzir um pouco o sentido do termo. Digamos que “garotinho” seja quase sinônimo de “pequeno”. Agora o título fez sentido? Ah, ótimo. Vamos à crônica...
Polêmica à vista. Não tenho medo de fazer a seguinte afirmação:
SE EU FOSSE ELEITO GOVERNADOR, A PRIMEIRA COISA QUE FAZIA ERA SUMIR DO MAPA COM OS RESTAURANTES POPULARES DA ROSINHA.
Sim, dirão vocês, e seria linchado em praça pública. Seria chamado de “governador das elites”, de “traidor do povo”, de “safado”, “pilantra”, “filho da” e outros adjetivos nada agradáveis.
Sim, realmente, desconfio que isso fosse acontecer. O povo – e entendam “povo” aqui como a massa “falida” e sempre manipulada pelas elites – é imediatista. Não costuma pensar grande, não parece pensar no futuro. Quer soluções rápidas, agora, já, imediatamente, sem mais delongas (bonita essa expressão hein?).
Exatamente, quer soluções rápidas. Por exemplo, tem fome, quer comer.
Entendendo isso, o Governo do Estado inventou esse negócio de comida a R$ 1. Você vai lá, paga R$ 1 e come. Mata a fome.
Ótimo. No dia seguinte, volta, paga mais R$ 1 e come.
No dia seguinte, o mesmo ritual.
Dentro de um mês, está escravo do restaurante popular. Não tem sequer a chance de escolher onde comer; TEM que comer ali, é a única opção. A idéia de “matar a fome” acaba tornando o povo um escravo do governo. O povo continua pobre, miserável, sem emprego nem oportunidade. De barriga cheia, mas pobre.
Pobre vota sem pensar muito, dizem os políticos por aí. Não precisa de muita coisa para votar: basta um prato de comida. É, a Rosinha e o Garotinho se aproveitaram dessa “ferida” da sociedade e exploraram esse nicho. Resultado: uma explosão de popularidade.
O Restaurante Popular é uma idéia muito controversa e muito perigosa. Ele tem um lado até que importante, no sentido de que mata a fome; mas a longo prazo, ele se torna algo terrível, pois escraviza o pobre, o limita a uma opção, faz com que ele esqueça que um dia poderia escolher onde comer. Faz com que o pobre se esqueça da vontade de subir, de mudar a sua condição. Afinal, como dizem por aí, “barriga cheia, coração contente”.
Com o sucesso desta m...maravilhosa idéia, o governo resolveu criar a Farmácia Popular: remédios por R$ 1.
Ótimo. Não teria nenhuma crítica à farmácia, desde que se cuidasse dos hospitais públicos, principalmente dos estaduais. Afinal, de que adianta farmácia sem hospital, ora porra? Pra que remédio barato se é impossível conseguir um diagnóstico num hospital do estado? Essa idéia não parece ser um incentivo à automedicação?!
Basta ver o estado lastimável do HUPE, o Hospital Universitário Pedro Ernesto, onde não há sequer ALGODÃO. Falta dinheiro para comprar ALGODÃO. Para se ter uma idéia, os médicos chegam a arrancar pedaços da própria roupa para tapar os ferimentos. Duas semanas depois, o indivíduo volta com uma (desculpem o termo) puta inflamação, com o ferimento muito pior do que chegou, todo infeccionado.
O HUPE está arrasado, e o governo estadual faz o que? Cria Farmácias Populares. Isso não parece incoerência?!
Tem mais; existe o lado negro dessas “popularidades assistencialistas” do casal garotinho.
Para se ter uma idéia, ouvi há algum tempo atrás que cada refeição popular custa, para o estado, R$ 3. O indivíduo paga R$ 1, e o estado fica com o prejuízo de R$ 2. Quem você acha que paga esse prejuízo, hein? O dinheiro da saúde e da educação. É...
Não posso dizer que essa informação é 100% segura, mas suspeito que seja. A governadora retira dinheiro da saúde e da educação para manter e pagar os prejuízos das “popularidades assistencialistas”. Inclusive tentou aprovar um projeto de lei para que o “desvio” desses recursos fosse “permitido”.
É por essas e outras que eu sou contra as “popularidades assistencialistas” e o “assistencialismo garotinho” desses dois seres, que se julgam os donos do Rio de Janeiro. Querem transformar o nosso pobre estado num feudo, onde irão mandar e desmandar. Aliás, já fizeram isso. O assistencialismo cresce, enquanto o emprego desce; a educação continua péssima e a saúde no estado só piora.
Talvez eu esteja sendo muito radical defendendo aquela idéia inicial. Fica entre nós: vou fazer uma pequena mudança.
SE EU FOSSE ELEITO GOVERNADOR, UMA COISA QUE FAZIA ERA SUMIR DO MAPA COM OS RESTAURANTES POPULARES DA ROSINHA.
Posso estar sendo tendencioso demais ao escrever esse texto. Juro que busquei não ser, mas ao mesmo tempo, é difícil quando a gente busca defender um ponto de vista. É difícil assumir o ponto de vista do outro, ainda mais quando sua realidade parece tão distante, e não quis me arriscar nisso, temendo ser mal interpretado e acabar gerando um grau de tendência ainda maior. Não sei se esse texto foi muito “chutando a porta na cara” e menos “uma conversa onde eu quero te convencer”, talvez tenha sido. Ainda assumo muito esse estilo “porta na cara”, a minha maior luta é para amenizar isso ao máximo.
Um grande abraço, comentem por favor, e até a próxima.
Polêmica à vista. Não tenho medo de fazer a seguinte afirmação:
SE EU FOSSE ELEITO GOVERNADOR, A PRIMEIRA COISA QUE FAZIA ERA SUMIR DO MAPA COM OS RESTAURANTES POPULARES DA ROSINHA.
Sim, dirão vocês, e seria linchado em praça pública. Seria chamado de “governador das elites”, de “traidor do povo”, de “safado”, “pilantra”, “filho da” e outros adjetivos nada agradáveis.
Sim, realmente, desconfio que isso fosse acontecer. O povo – e entendam “povo” aqui como a massa “falida” e sempre manipulada pelas elites – é imediatista. Não costuma pensar grande, não parece pensar no futuro. Quer soluções rápidas, agora, já, imediatamente, sem mais delongas (bonita essa expressão hein?).
Exatamente, quer soluções rápidas. Por exemplo, tem fome, quer comer.
Entendendo isso, o Governo do Estado inventou esse negócio de comida a R$ 1. Você vai lá, paga R$ 1 e come. Mata a fome.
Ótimo. No dia seguinte, volta, paga mais R$ 1 e come.
No dia seguinte, o mesmo ritual.
Dentro de um mês, está escravo do restaurante popular. Não tem sequer a chance de escolher onde comer; TEM que comer ali, é a única opção. A idéia de “matar a fome” acaba tornando o povo um escravo do governo. O povo continua pobre, miserável, sem emprego nem oportunidade. De barriga cheia, mas pobre.
Pobre vota sem pensar muito, dizem os políticos por aí. Não precisa de muita coisa para votar: basta um prato de comida. É, a Rosinha e o Garotinho se aproveitaram dessa “ferida” da sociedade e exploraram esse nicho. Resultado: uma explosão de popularidade.
O Restaurante Popular é uma idéia muito controversa e muito perigosa. Ele tem um lado até que importante, no sentido de que mata a fome; mas a longo prazo, ele se torna algo terrível, pois escraviza o pobre, o limita a uma opção, faz com que ele esqueça que um dia poderia escolher onde comer. Faz com que o pobre se esqueça da vontade de subir, de mudar a sua condição. Afinal, como dizem por aí, “barriga cheia, coração contente”.
Com o sucesso desta m...maravilhosa idéia, o governo resolveu criar a Farmácia Popular: remédios por R$ 1.
Ótimo. Não teria nenhuma crítica à farmácia, desde que se cuidasse dos hospitais públicos, principalmente dos estaduais. Afinal, de que adianta farmácia sem hospital, ora porra? Pra que remédio barato se é impossível conseguir um diagnóstico num hospital do estado? Essa idéia não parece ser um incentivo à automedicação?!
Basta ver o estado lastimável do HUPE, o Hospital Universitário Pedro Ernesto, onde não há sequer ALGODÃO. Falta dinheiro para comprar ALGODÃO. Para se ter uma idéia, os médicos chegam a arrancar pedaços da própria roupa para tapar os ferimentos. Duas semanas depois, o indivíduo volta com uma (desculpem o termo) puta inflamação, com o ferimento muito pior do que chegou, todo infeccionado.
O HUPE está arrasado, e o governo estadual faz o que? Cria Farmácias Populares. Isso não parece incoerência?!
Tem mais; existe o lado negro dessas “popularidades assistencialistas” do casal garotinho.
Para se ter uma idéia, ouvi há algum tempo atrás que cada refeição popular custa, para o estado, R$ 3. O indivíduo paga R$ 1, e o estado fica com o prejuízo de R$ 2. Quem você acha que paga esse prejuízo, hein? O dinheiro da saúde e da educação. É...
Não posso dizer que essa informação é 100% segura, mas suspeito que seja. A governadora retira dinheiro da saúde e da educação para manter e pagar os prejuízos das “popularidades assistencialistas”. Inclusive tentou aprovar um projeto de lei para que o “desvio” desses recursos fosse “permitido”.
É por essas e outras que eu sou contra as “popularidades assistencialistas” e o “assistencialismo garotinho” desses dois seres, que se julgam os donos do Rio de Janeiro. Querem transformar o nosso pobre estado num feudo, onde irão mandar e desmandar. Aliás, já fizeram isso. O assistencialismo cresce, enquanto o emprego desce; a educação continua péssima e a saúde no estado só piora.
Talvez eu esteja sendo muito radical defendendo aquela idéia inicial. Fica entre nós: vou fazer uma pequena mudança.
SE EU FOSSE ELEITO GOVERNADOR, UMA COISA QUE FAZIA ERA SUMIR DO MAPA COM OS RESTAURANTES POPULARES DA ROSINHA.
Posso estar sendo tendencioso demais ao escrever esse texto. Juro que busquei não ser, mas ao mesmo tempo, é difícil quando a gente busca defender um ponto de vista. É difícil assumir o ponto de vista do outro, ainda mais quando sua realidade parece tão distante, e não quis me arriscar nisso, temendo ser mal interpretado e acabar gerando um grau de tendência ainda maior. Não sei se esse texto foi muito “chutando a porta na cara” e menos “uma conversa onde eu quero te convencer”, talvez tenha sido. Ainda assumo muito esse estilo “porta na cara”, a minha maior luta é para amenizar isso ao máximo.
Um grande abraço, comentem por favor, e até a próxima.
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