(Este teclado nao tem o ¨til¨, por isso usarei ñ).
O tempo acabou.
Ñao foi exatamente um city tour, eu diria que foi mais um passeio rápido onde se contou parte da história da cidade.
Que importa? Será que faz diferença?
Ñao sei. Sei que o tempo acabou. Olho para os dois lados, e de ambos, só vejo gente desconhecida. E agora, o que fazer?
Melhor ñao perguntar isso em voz alta, ñao ia pegar bem. Deixa para lá. O tempo...o tempo ñao acabou, na verdade ele é infinito. E mais do que nunca, é meu.
Só me resta andar. Muito. Por toda parte. O máximo que puder. Mais do que a história, nesse momento vale sentir a cidade, procurar entendê-la, viver um pouco e viajar menos.
Afinal, parafraseando o poeta, viver é preciso, viajar ñao é preciso.
Andar. Andar por aí. Esse sorvete ñao é tao bom, já tomei melhores. Ninguém faz sorvetes como os de Buenos Aires. Sentado sob um canteiro, o tempo passa. As pessoas também. A rua parece vazia. Estranho. Essa hora da tarde?
Andando um pouco mais, encontro o movimento. Um formigueiro de gente em uma rua estreita. Vendedores ambulantes no meio da rua. Lojas de todos os tipos, vendendo produtos de todas as formas, cores, marcas, preços, tamanhos. A sensaçao de sair da Argentina e cair no Japao. Quem mandou andar em uma rua transversal e nao na principal? E de uma rua para a outra, a sensacao se repete. Caramba, que lugar incrível.
E de onde saiu tanta mulher bonita? A forma por aqui anda caprichada...é uma atrás da outra.
Andando mais, paro para comer um alfajor. Esses alfajores me lembram aqueles biscoitos casadinhos de padaria, só que aqui sao em tamanho gigante. Digo, repito, ninguém faz alfajores melhores do que Buenos Aires. Nem alfajores nem sorvetes.
Falta algo ainda para terminar. Mas vamos, antes que o leitor se vá. O caminho leva a uma praça, provavelmente o destino final. Que lugar engraçado. Parece concorrer em tudo com a capital. Tem sua própria marca de alfajor, de sorvete, e em vez dos tradicionais cafés, aqui o forte sao as padarias e lanchonetes. Até sanduíche com nome próprio eles têm...
E que mania estranha, ouço falar mais ¨cordobês¨ que ¨argentino¨. Um nacionalismo particular, interessante, mas de certa forma, meio provinciano.
Sentado numa praça, é o fim. Ou o início do caminho de volta.
(Continua...)
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