Eu lembro como se fosse hoje.
Lembro do dia de folga no meio da semana, um belo dia de folga, com sol tímido no céu e praia...quase vazia.
Lembro da ida à Copacabana, de manhã, ao som da desconhecida Goldfinger.
Still counting the days I´ve been without you...
Still counting the days that you´ve gone…
Eu me lembro como se fosse hoje daquele banho demorado, depois da volta de Copacabana, banho que relaxa e deixa pronto para outra.
Como se fosse hoje, eu lembro da saída de casa, do ônibus até a Gávea e do almoço, sempre rápido, sempre limitado, mas bom demais, bom como poucos, onde a conversa flui ainda melhor na hora do cafezinho.
Lembro também do tempo fechado depois do almoço, das primeiras nuvens no céu, e do ônibus até o Humaitá, ao som de Gaslight Anthem.
And this was the sound
Of the very last gang in town...
Lembro da chuva começando a cair, ainda leve, tímida, molhando os vidros do ônibus, as pessoas, as ruas, as casas. E, na hora de descer, lembro da chuva, já mais fraca do que antes, lambendo de leve, gota por gota, as lentes dos óculos.
Lembro da caminhada firme, determinada, ladeira acima, com a sensação de que as férias chegam ao fim, mas muita coisa melhor ainda está por vir.
Ah, sim, eu lembro. Lembro que tive vontade de ligar para dois amigos e me surpreendi mais comigo do que com o que eles disseram, simplesmente porque não esperava ligar, e não esperava ouvir o que ouvi.
Como se fosse hoje, lembro da boa conversa a caminho do cinema, e a um amigo que vinha na direção contrária, que não estava no script, mas que aceitou o convite para se juntar a outros dois. E lembro também que um desses amigos foi entregar o ingresso ao rapaz errado, não o da porta da sala do filme, mas o da entrada do cinema...e, como se fosse hoje, lembro da cena arrancando risadas.
Lembro também do meu cochilo em uma cena do filme, e das piadas com atores famosos que apareceram na tela. E não esqueço de um amigo que tentou subir pela escada rolante que desce, e provocou uma cena mais do que engraçada.
Ainda como se tivesse sido hoje, lembro da boa comida japonesa e da certeza de que o dia tinha sido espetacular.
Sim, sim, eu lembro de tudo isso como se fosse hoje.
Simplesmente porque foi hoje.
Tuesday, July 27, 2010
Thursday, July 22, 2010
A busca
Por um instante, achei que tivesse encontrado.
Não, foi mais do que um instante. Foram vários. Lá estava, firme e forte. Exatamente como o imaginado. Do jeito que já se sabia que era. Assim, puro e simples.
O momento era aquele. Conhecer, conviver, ver, sentir, e quem sabe, procurar entender. Mas, mas do que isso, aceitar. A parte mais fácil, e, talvez, a mais difícil. Parte que exige tempo, paciência, calma, tranquilidade.
Tempo sempre existe, a gente arruma. Mas paciência, calma e tranquilidade faltaram. E, no instante seguinte, quando olhei para o lado, já não estava mais lá.
Para onde teria ido? Fugiu, sumiu ou simplesmente se foi? Não sei, ninguém sabe. É o tipo de coisa que não adianta sair perguntando por aí. É o tipo de coisa que cada um encontra por si. E, quando perde, precisa procurar sozinho até encontrar de novo.
Hora de recomeçar a busca. Busca incessante, que talvez não termine nunca. Mas que talvez sejam a causa e a razão de tudo em si mesmas.
Sabe aquela história de que são as perguntas que movem o mundo, em vez das respostas? É, pois é...
E, como naquele outro texto, saio por aí, quase como louco, buscando, procurando, observando, quem sabe, talvez na procura que não acabe nunca.
Talvez naquela que termine quando eu menos esperar.
Afinal, eu devo estar por aí, bem mais próximo do que eu mesmo imagino...
Não, foi mais do que um instante. Foram vários. Lá estava, firme e forte. Exatamente como o imaginado. Do jeito que já se sabia que era. Assim, puro e simples.
O momento era aquele. Conhecer, conviver, ver, sentir, e quem sabe, procurar entender. Mas, mas do que isso, aceitar. A parte mais fácil, e, talvez, a mais difícil. Parte que exige tempo, paciência, calma, tranquilidade.
Tempo sempre existe, a gente arruma. Mas paciência, calma e tranquilidade faltaram. E, no instante seguinte, quando olhei para o lado, já não estava mais lá.
Para onde teria ido? Fugiu, sumiu ou simplesmente se foi? Não sei, ninguém sabe. É o tipo de coisa que não adianta sair perguntando por aí. É o tipo de coisa que cada um encontra por si. E, quando perde, precisa procurar sozinho até encontrar de novo.
Hora de recomeçar a busca. Busca incessante, que talvez não termine nunca. Mas que talvez sejam a causa e a razão de tudo em si mesmas.
Sabe aquela história de que são as perguntas que movem o mundo, em vez das respostas? É, pois é...
E, como naquele outro texto, saio por aí, quase como louco, buscando, procurando, observando, quem sabe, talvez na procura que não acabe nunca.
Talvez naquela que termine quando eu menos esperar.
Afinal, eu devo estar por aí, bem mais próximo do que eu mesmo imagino...
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