A vontade é de gritar, dar um berro daqueles quase intermináveis.
De que adianta escrever dizendo que parei de sonhar, se isso em si não passa de um sonho? E de que adianta trabalhar tanto, se no fim o que se faz parece valer tão pouco? Se o que se faz em horas e dias é destruído em questão de minutos...
A vontade às vezes é de sumir. E a sensação é de cansaço puro, eterno, de um desgaste que nasce há algum tempo e vem desembocar hoje, quando alguma coisa idiota qualquer desperta tudo o que está guardado.
Vontade de sumir, sei lá, de ir para outro lugar. Que não é a quadra do Salgueiro, mas também não é melhor, nem pior...é apenas diferente. Péssima tentativa de fazer piada, reconheço.
A vontade é de dar um tempo mesmo, de desaparecer por uns dias, do tipo que nem as melhores férias do mundo conseguem. De simplesmente passar uma temporada em paz, refletindo, pensando, tentando entender...
Tentando mudar.
Eu sei, eu sei que não é o certo. A mudança está aqui, não lá fora. A mudança está em mim, está nas minhas ideias, nas minhas atitudes, e sumir manterá as coisas apenas como estão...
Mas o que posso fazer, se no fundo sinto vontade de sumir por uns tempos? Lutar contra isso? Enfrentar isso? Tentar transformar isso? Mas como, se é a vontade mais pura e profunda, a mais desejável?
Se o cansaço parece tão chato para um jovem de 20 e poucos anos...e se há coisas que não se pode transformar...
Ah, a vontade. Senhora de si...ou escrava de mim mesmo?
Quem sabe...quem sabe não fica para o próximo texto.
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